junho 30, 2014

[Livros] Minha Vez de Brilhar - Erin E. Moulton

Título Original: Tracing Stars
Autor: Erin E. Moulton
Editora: Novo Conceito
Páginas: 288
Gênero: Ficção, Infantojuvenil, 
País: EUA
ISBN: 9788581635033
Classificação★★★★☆
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Minha Vez de Brilhar é uma graça. A edição impecável em capa dura publicada pelo selo Irado da Editora Novo Conceito é de encher os olhos. Erin E. Moulton escreve para crianças e adolescentes e traz de forma singela um texto cheio de lições e morais. Com uma simbologia especial, é um livro gostoso de ler, que deveria ser proposto no ensino, afinal, ensina mais para a vida do que livros didáticos e leituras obrigatórias.

A autora nos apresenta Indie Lee Chickory, uma garotinha apaixonada por sua lagosta de estimação. Além de ter sido um presente do seu pai, que é pescador, a lagosta Monty Cola é especial pois é um tipo raro de lagosta dourada. As chances de encontrar uma dessas na vida são pouquíssimas, na verdade é de uma em trinta milhões. 

Na escola, as outras crianças caçoam de Indie, por ser estranha, desajeitada e estar sempre cheirando à peixe. Ela finge que não liga, mas no fundo, aquilo a entristece demais. Quando um dia Monty acidentalmente cai no mar, a menina se desespera e percebe que talvez seja impossível recuperar sua companheira. Para piorar mais ainda a situação, sua irmã Bibi, agora na adolescência demonstra ter vergonha dela e as irmãs que sempre foram melhores amigas, hoje não se dão bem.

Cansada de ser humilhada e perseguida pelos colegas e em busca de aprovação da irmã, Indie decide fazer um pedido a uma estrela cadente. Ela pede para que possa ser uma Indie Lee Chickory melhor, e que assim sua irmã volte a gostar dela. Ao mesmo tempo ela não desiste de tentar salvar sua preciosa lagosta dourada. 

Indie muda completamente e passa a se vestir melhor, seu comportamento robótico espelhado na perfeição da irmã agrada a todos e ela se torna popular. Bibi orgulhosa, passa a andar com ela e as duas começam a trabalhar no teatro. Bibi como atriz e Indie na oficina de cenários. No meio do pó e da serragem, ela faz um novo amigo: Owen. Um nerd, desajeitado, solitário e esquisito, que decide ajudá-lá a encontrar Monty. Os dois se divertem juntos, escapando todas as noites para um observatório improvisado à beira-mar. 

A menina passa então, a viver uma vida dupla. De dia é a perfeita irmã modelo, e de noite é a Indie de sempre, desleixada, brincalhona e verdadeira. Aos poucos, como era de se esperar uma personalidade confronta a outra e a Chickory deverá escolher quem ela realmente será. Uma amizade verdadeira com Owen ou a chance de andar com sua irmã Bibi e as garotas esnobes da escola? Até que ponto devemos mudar para conquistar alguém ou alguma coisa? Quão preciosas são as verdadeiras amizades? Seriam como uma lagosta dourada? Daquelas que só se encontra uma em trinta milhões?

"Observo as estrelas por um bom tempo. Penso em mim perdendo Monty, papi ficando triste por isso, a mamãe tendo que ouvir o policial Gallson, Bibi ficando envergonhada no ônibus e no playground. Penso em Kathy McCue fechando o nariz e me chamando de Peixólatra. E penso em Monty, ferida nas ondas. Fecho bem os olhos, respiro fundo e faço o meu pedido.
- Por favor, Peixes, prometa... - Penso na melhor forma de me expressar para deixar claro para ela. - Prometa me tornar uma Indie Lee Chickory melhor." (p. 40)

Sinopse: Em uma noite, Indie faz um pedido para uma estrela. Ela quer muito reencontrar a sua lagosta de estimação, e também quer que sua irmã Bibi volte a gostar dela. Mas ter os seus desejos realizados pode exigir dedicação integral! Indie trabalha no teatro durante o dia, mostrando a Bibi e seus amigos o quanto ela pode ser útil. À noite, ela procura sua lagosta perdida, e para isso conta com a ajuda de seu novo grande amigo, Owen. Tudo vai bem até que Bibi e sua turma começam a pegar no pé de Owen, o maior exemplo de nerd e futuro loser. Será que Indie vai conseguir manter em segredo sua amizade com Owen? Será que, para ser uma pessoa melhor, Indie precisa mesmo ser diferente?

"Quando olho para o céu, penso que Owen Stone pode ate ser um grande nerd com um plano de automelhoria, mas, pelo tanto que percebo, ele é o garoto mais legal que já conheci." (p. 211)


junho 29, 2014

[Vídeos] O Último Desejo - Casamento no Hospital


Eu não poderia escrever em palavras o que eu senti ao ver esse vídeo. É bonito demais e me fez chorar por mostrar como a vida muda num segundo. Hoje, trago para vocês a história de Rowden e Leizl, os dois decidiram se casar em Julho deste ano, infelizmente um sopro do destino quis que as coisas não acontecessem assim e em Maio Rowden foi diagnosticado com câncer no fígado já em estágio avançado. Sabendo que morreria em pouco tempo, ele quis realizar seu último desejo: casar-se com sua noiva e mãe da sua pequena Zakiah de dois anos. Em menos de doze horas os preparativos foram feitos e a cerimônia aconteceu no Hospital. Entre momentos de dor e lucidez, Rowden pôde ver sua noiva e sua filhinha vindo em sua direção. Dez horas após a bonita cerimônia Rowden de 29 anos, faleceu. O amor pela vida e pela família permanecem e inspiram. Veja o vídeo do casamento, é impossível não chorar. Mas se você acredita, como eu, que a vida não termina quando acaba, sabe que agora ele já está esperando lá das nuvens, sua mulher e sua filhinha.


Fonte:HassetGo

junho 27, 2014

[Livros] Aura Negra - Richelle Mead (Academia de Vampiros #2)

Título Original: Frostbite
Autor: Richelle Mead
Editora: Nova Fronteira
Páginas: 304
Gênero: Romance, Ficção, Sobrenatural
País: EUA
ISBN: 9788520923993
Classificação★★★★★
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Agora é oficial. Tá, já era oficial, agora é ainda mais. Eu estou viciada em Academia de Vampiros. Depois de um primeiro livro ótimo, entrei de cabeça no segundo volume da saga e gostei ainda mais. Richelle Mead sabe o que está fazendo e nesse volume cheio de reviravoltas seu coração será arremessado na parede pelo menos umas vinte vezes. Não há forma de largar o livro até chegar no capítulo final. É daquelas histórias que te fazem esquecer da hora, do restante do mundo. Todo o universo de A.V. é um mundo à parte que envolve o leitor e cria laços, literalmente.  

Eu ri, chorei, gritei, quis ficar amiga da autora, quis também matá-la. Richelle faz isso com os leitores, seus livros são uma montanha-russa emocional e com uma narrativa brilhante em primeira pessoa, é como se você fizesse mesmo parte da história. Rose já é uma das minhas personalidades, talvez meu alter ego. Me divirto demais com ela, é madura e ao mesmo tempo infantil, meiga e ao mesmo tempo sarcástica. E claro, já shippo demais Rose/Dimitri. Quem já leu os próximos volumes, nem me conte se ela não acabar com ele. Aliás, se você ainda não leu o primeiro volume da série, nem continue lendo essa resenha. Os spoilers do final do primeiro livro começam aqui.

Bom, em Aura Negra nós ficamos sabendo dos eventos que sucederam a morte de Natalie. Lissa, que agora toma remédios controlados para controlar sua depressão ainda busca entender seu dom e descobre que não é a única com o dom do espírito. Outras pessoas, antes dela já tiveram esse estranho poder. Poucas delas ainda vivem, quanto mais Lissa usar seu dom, mais fraca e louca ela fica. Mas como um poder de cura pode causar tanto mal em quem o maneja? Enquanto isso, os efeitos do laço mantêm as amigas conectadas, literalmente. E Rose, que foi beijada pelas sombras agora já domina melhor suas emoções e impulsos.

Os Moroi estão aterrorizados pois começam a acontecer alguns misteriosos ataques Strigoi. Aparentemente os Strigoi agora andam em bandos e caçam o que tiver pela frente, Moroi, humanos e dampiros. Muito sangue é derramado, mas o Conselho Real ainda não quer permitir atitudes mais drásticas. Então vemos que cada pequena decisão pode culminar em acontecimentos trágicos no futuro.

Rose continua dividida entre Mason, o fofo, cavalheiro e apaixonado colega de classe e Dimitri, o sensual, interessante e enigmático professor. Claro, que entre ela e Dimitri as coisas são bem mais complicadas, afinal os dois serão guardiões de Lissa, e não podem por conta disso se envolver, ou numa situação de risco não conseguirão colocar a protegida acima do outro. Mason, por outro lado, é uma graça, mas não faz o coração de Rose bater mais forte. É como se faltasse alguma coisa.

Richelle vai explorar nesse livro a relação conturbada de mãe-filha Hathaway. Por ser filha de uma das melhores guardiãs, Rose mal conhece sua mãe, que optou por trabalhar e cumprir sua missão ao invés de criar sua menina. Assuntos mal resolvidos no passado das duas surgem com força e chegam a emocionar, pois a autora consegue nos fazer compreender o ponto de vista de ambas.

Lissa e Christian, o casal lindo, fofo, tudo da Escola São Vladimir continua firme e forte. Uma paixão avassaladora entre dois fortes membros das famílias reais. Toda a antipatia que eu tinha por Christian Ozera se dissipou nesse segundo volume, sim, ele continua sarcástico e petulante, mas agora se comporta bem melhor. Mia, a sempre irritante ainda é a mesma, mas com inimigos maiores para se preocupar, ela e Rose estão praticamente em trégua.

Todos os vampiros deverão se unir para enfrentar os Strigoi que ficam cada dia mais fortes e resistentes, enquanto a população Moroi e dampira só diminui. É o início da guerra e aqui pequenas sementes foram plantadas para as próximas continuações. Ansiosa é pouco. Essa série me conquistou de uma maneira que vocês não imaginam. É impossível parar de ler.

Eu também não poderia encerrar essa resenha sem falar que o filme Academia de Vampiros é péssimo. Foi, de verdade, a pior adaptação que eu já vi na vida. Com efeitos especiais toscos, uma maquiagem medonha, personagens muito diferentes do livro, atuações medíocres e diálogos forçados, essa versão cinematográfica precisa ser apagada da memória. Não é assim que eu imagino Lissa, Mia ou Dimitri. Gente, o Dimitri no filme parece o Jack Black. Sério! O filme demasiadamente cômico é como uma versão mal-feita e parodiada do livro, nem se compara. Mas Rose lembra a Rose Hathaway do livro, talvez seja a única coisa da qual eu gostei. Petulante, divertida e ousada, ela é a alma de V.A. sejam no papel, seja nas telonas.

"- Por que há tanta escuridão à sua volta?
- O quê? - perguntei, franzindo o cenho.
- Você está rodeada de escuridão. Eu nunca vi uma pessoa como você. Rodeada de sombras. Nunca teria imaginado algo assim. Agora mesmo, enquanto você está aqui de pé, as sombras crescem ao seu redor.
Olhei para baixo, minhas mãos, não vi nada de extraordinário.
- Eu fui beijada pelas sombras...
- O que isso significa?
- Eu morri uma vez. E, depois de morrer, eu voltei." (p. 139)

Sinopse: A Escola São Vladimir está em alerta após um ataque dos sanguinários Strigoi. Os Guardiões admirados por suas habilidades e seus grandes feitos, se preparam para entrar em ação. A escola envia seus alunos para um hotel de luxo e bem protegido, porém um imprevisto obriga Rose a deixar a segurança de seu lar e impedir que o pior aconteça. Apenas quando a vida de seus amigos está por um fio é que a heroína descobrirá força dentro de si.

"- Não - respondeu ele, obviamente ainda irritado. - Eu aprendi a me controlar.
Alguma coisa nessa nova afirmação me encorajou.
- Não - informei a ele. - Não aprendeu. Você faz cara de bonzinho e, na maior parte das vezes, realmente mantém o controle. Mas às vezes você não consegue. (...)
(...) Eu sabia que isso era errado. Conhecia todos os motivos lógico pelos quais nós devíamos no manter afastados. Mas naquele momento eu não estava me importando. Eu não queria me controlar. Não queria ser boazinha.
Antes que ele se desse conta do que estava acontecendo, eu o beijei. Nossos lábios se encontraram, e quando eu senti que ele retribuiu o meu beijo, vi que estava certa." 
(p. 102)

junho 24, 2014

[Parceria] Loja Pai Bárbaro


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junho 22, 2014

[Livros] A Máquina de Contar Histórias - Maurício Gomyde

Título Original: A Máquina de Contar Histórias
Autor: Maurício Gomyde
Editora: Novo Conceito
Páginas: 192
Gênero: Romance
País: Brasil
ISBN: 9788581635040
Classificação★★☆☆☆
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A Máquina de Contar Histórias é o primeiro livro de Maurício Gomyde a ser lançado pelo selo Novas Páginas da Editora Novo Conceito. Eu sou fã confessa do autor e talvez por conta disso tenha me decepcionado tanto com o livro. Seus últimos romances foram tão arrebatadores que eu devorei este esperando por algo ainda melhor, o que não aconteceu. Mas todas as resenhas que eu li desse livro, sem exceções, foram positivas, o que me leva a crer que apenas para mim a história não funcionou. A capa também é uma das mais feias da NC e apesar de seu significado vintage trazendo referências a trechos da narrativa, não conquista mesmo pela aparência. 

Eu costumo achar o modo de Gomyde narrar uma história é bem sutil e sem rodeios, ao contrário de Nicholas Sparks, por exemplo, que é essencialmente detalhista. Porém dessa vez, o livro me pareceu corrido demais, sem profundidade emocional. Apesar de tratar de temas complexos como a saudade, o luto, o amor e a culpa, não consegui nos diálogos sentir conexão emocional alguma com esses temas, foram diálogos forçados, clichês, exagerados e ao meu ver, que causaram um efeito superficial nessa, que tinha tudo para ser uma linda história. 

O que é engraçado, e talvez irônico, é que em 'A Máquina...', o autor traz a história de um escritor famoso, renomado e aclamado pela crítica, que escreve livros sobre o amor. Até aqui, pode se perceber uma grande semelhança entre o criador e a criatura, certo? O problema é que o protagonista Vinicius Becker escreve livros pensando no seu retorno financeiro, utilizando fórmulas prontas para comover e agradar leitores no mundo inteiro. Vinicius cria histórias cheias de sentimento, quando ele mesmo não consegue sentir nada do que coloca no papel. 

O autor tem uma família em crise e após a morte da mulher Viviana, sente-se culpado por ter sido tão ausente e ter perdido tanto tempo da sua vida se dedicando ao sucesso e a fama como escritor. Agora, essas podem ter sido as únicas coisas que restaram para ele. Suas filhas o desprezam, em especial a mais velha, Valentina, que viu o sofrimento da mãe com câncer, nos últimos quatro anos. Enquanto a filha se dedicava e cuidava da mãe, já em estado terminal, Vinicius fugia de seus problemas e escrevia freneticamente, um livro atrás do outro, como uma máquina.

Agora, ele percebe que o sucesso de nada serve quando não se tem uma família. Além de tentar reconquistar o amor das filhas, o escritor deverá também rever seus conceitos sobre a literatura. Ele, que escreve de maneira fria e calculista, seguindo padrões e regras, vai aprender ou reaprender a ser escritor. Nos textos de Vinicius, podemos perceber um padrão, feito para tentar emocionar e eu infelizmente percebi esse padrão no livro de Gomyde. Muito do livro é previsível e eu não me surpreendi com nada do que aconteceu, em especial com o final. 

Talvez o que tenha faltado nessa história seja o uso daquele famoso ditado: 'o menos é mais'. Vinicius, quer dizer, Gomyde, exagerou na carga emocional do livro e não conseguiu um bom desenvolvimento das situações criadas, isso acabou afetando muito a minha percepção sobre toda a trama. A morte de Viviana, por exemplo, foi mal trabalhada e não me comoveu, foi como se ela e Vinicius não fossem casados, não teve sentimento nenhum. E depois em algumas passagens, Gomyde já mostra o amor do casal 'V' como um grande amor, uma paixão avassaladora. Essa e outras inconsistências - como o comportamento de Valentina, oscilando entre a inocência de criança e a revolta adolescente na mesma conversa -, me incomodaram bastante na leitura.

Após a morte da esposa, Vinicius começa a perceber o quanto a amava, mas como ele não percebeu isso nos quatro anos em que ela esteve doente, já não há o que fazer. Há poucos momentos de autopiedade, que é o que esperamos de alguém que cometeu um erro tão grave quanto esse (deixar a mulher morrer sozinha enquanto ele está em coquetéis e lançamentos de seus livros), se não poucos, não suficientes. Ele já sabia que ela ia morrer, então foi como se ele estivesse apenas esperando. Não houve a emoção que se espera de alguém em luto, Vinicius é um personagem irritante, calculista, frio e que conquistou meu desprezo eterno, nem quando tenta se redimir consegue me comover. 

O único ponto que me agradou foi próximo do final do livro, numa metáfora que pude perceber. Nem sei ao certo se essa foi a intenção do autor, mas a filhinha mais nova de Vinicius se chama Vida, e em determinado ponto da narrativa, fica uma dúvida sobre o futuro de Vida, essa é a real metáfora. A vida não pode ser prevista, os acontecimentos não são controlados por nossa vontade. As coisas acontecem se tiverem que acontecer. Seja com Vinicius, Viviana, Valentina ou Vida.

Gosto muito da escrita de Maurício Gomyde e não é por causa de uma experiência ruim que vou deixar de admirá-lo. Pelo contrário, espero ansiosa por seu próximo livro. Torcendo para que este seja escrito com mais calma e que o autor se deixe levar pelos sentimentos dos personagens, assim como aconteceu em O Rosto que Precede o Sonho. Infelizmente desse livro fica a decepção e a torcida para que seu próximo título seja melhor. Fico feliz que tanta gente tenha gostado e queria mesmo ter sentido uma conexão, alguma coisa. Não senti.

"- Meu amor, eu...
- MAIS UMA VEZ VOCÊ NÃO ESTAVA AQUI! - o berro agudo ecoou dentro do carro.
Vida acordou chorando, dona Lourdes abraçou-a para confortá-la e preferiu ficar em silêncio.
- Mas... - ele tentou dizer alguma coisa.
- VOCÊ NÃO SE DESPEDIU DELA, você não se despediu dela, você não se despediu... - Valentina começou gritando e as frases foram diminuindo de volume, até ela murmurar pela última vez, olhando pela janela, ainda de costas para o pai." (p. 23)

Sinopse: Na noite em que o escritor best-seller Vinícius Becker lançou A Máquina de Contar Histórias, o novo romance e livro mais aguardado do ano, sua esposa Viviana faleceu sozinha num quarto de hospital. Odiado em casa por tantas ausências para cuidar da carreira literária, ele vê o chão se abrir sob seus pés. Sem o grande amor da sua vida, sem o carinho das filhas, sem amigos... O lugar pelo qual ele tanto lutou revela-se aquele em que nunca desejou estar. Vinícius teve o mundo nas mãos, e agora, sozinho, precisa se reinventar para reconquistar o amor das filhas e seu espaço no coração da família V. Uma história emocionante, cheia de significados entrelaçados pela literatura, mostrando que o amor de um pai, por mais dura que seja a situação, nunca morre nem se perde.

"- Não há maior dor do que a de nos recordamos dos dias felizes quando estamos na miséria - Vinícius recitou e olhou para Valentina. - Dante Alighieri. 
Sabia tudo e um pouco mais sobre a alma humana.
Valentina murmurou, depois de um breve silêncio.
- Dias felizes que você jogou fora." (p. 94)


junho 20, 2014

[Livros] Geek Love - Eric Smith

Título Original: Geek's Guide For Dating
Autor: Eric Smith
Editora: Gente
Páginas: 208
Gênero: Auto-Ajuda, Game
País: EUA
ISBN: 9788573129557
Classificação★★★★☆
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Identificação total. Eu terminei a leitura de Geek Love com a impressão de que Eric Smith têm me observado esses anos todos e decidiu publicar um livro sobre a minha vida. Sério O_o'. Separei tantos quotes inteligentes e engraçados que foi difícil selecionar apenas dois para fazer parte da resenha. Se você se identifica como nerd, geek ou alguém inadequado aos padrões da sociedade moderna, esse é um livro para você.

A forma como Eric constrói o livro é bem peculiar e sua diagramação é magnífica, repleta de ilustrações em estilo 16-bit que deixam qualquer fanático por games babando. Não é uma história a ser narrada, mas sim um bate-papo entre o autor e o leitor. Com passagens cheias de referências a cultura geek, não é um livro para qualquer leitor, afinal, as grandes sacadas do livro se dão quando o leitor entende as metáforas de Eric. Essas metáforas podem ser entendidas com maior facilidade, em sua maioria, por: geeks, nerds, leitores, gamers, etc., pessoas que tem alguma ligação com o tema. Mas se ao iniciar a leitura você se sentir perdido, não desista: o Google está aí para te ajudar.

Por ser uma nerd assumida, eu sei bem o quanto a cultura nerd vem sofrendo transformações. Há alguns anos, ser chamado de nerd era motivo de vergonha, nos fazia sofrer bullying e eu vivi muito isso. De tempos para cá, a moda geek chegou e trouxe novos adeptos ao estilo. E apesar de não ser fã de modismos, num país cheio de modismos inúteis, um pouco de conhecimento não fará mal.

Muito World Of Warcraft, Call Of Duty (minha paixão gamer eterna), videogame, Minecraft, Mario Bros, Sonic, filmes clássicos, Game Of Thrones, Batman, Senhor dos Anéis, Harry Potter, códigos html, linguagem de internet, livros, antigos programas de tv, Doctor Who, Deadpool, bandas desconhecidas (como Dashboard Confessional que é minha paixão alt' rock eterna) em meio a conselhos amorosos fazem desse um livro um guia de sobrevivência do nerd que procura sua 'alma-gêmea' ou seu 'player2'.

Eric ensina o passo-a-passo da conquista nerd de uma forma engraçadíssima, com muitas metáforas e mostrando como, principalmente, os jogos eletrônicos podem nos ensinar valiosas lições de vida. Essas lições foram convertidas em dicas do que fazer e do que não-fazer-de-maneira-alguma para subir de level, enfrentar o mestre e salvar a princesa ou o príncipe. Desde o Start até o Game Over os relacionamentos seguem um padrão que nos permite programar ou prever qual código ou estratégia nos fará vencer. É assim no mundo gamer e é assim na vida real.

É uma leitura mais do que recomendada, e apesar de ser um livro destinado a um determinado público-alvo, nada impede que um noob leia ao lado do google. Aliás, se você está por fora desse universo, comece jogando CoD BlackOps II. Você me encontra na PSN: @marisiqueira182 ;) Brincadeira! Mas se quiser, pode adicionar mesmo, nerd gamer mode on. Lá, você encontrará muitos amigos, gente bacana e talvez até uns paqueras. Por focar no lado romântico, eu gostei mais ainda e claro, como já encontrei o meu player1 - porque eu sou o player2 dele *-*' - não utilizo mais essas dicas, mas teriam me sido bem úteis antes do meu príncipe encantado derrotar o Bowser e me salvar. São dicas valiosas, que tem que ser passadas para a frente. Adorei, precisa ser lido, entendido e colocado em prática. Saudações élficas e boa sorte no jogo do AMOR <3

"É normal se sentir amedrontado, Player 1. E se já foi derrubado dos céus antes, pode ser especialmente difícil vestir a capa e pular no abismo. Lembre-se, porém, de que todo super-herói ou heroína já foi alguma vez derrotado - até morto -, e você pode ressuscitar depois de um golpe aparentemente fatal." (p. 104)

Sinopse: Eric Smith sabe mais do que ninguém que existem prazeres imensos na vida geek. Amigos incríveis, conversas até de madrugada sobre realidades alternativas ou até mesmo o simples prazer de ler aquele lançamento de quadrinhos. No entanto, chega um momento na vida de todo nerd em que o amor bate à porta e daí vem a hora de jogar o xadrez tridimensional que é o mundo dos solteiros. Não se desespere, jovem Padawan! Deixe Smith guiá-lo por esse caminho e descubra que amar é muito mais do que flores e bombons. Afinal, nada é normal na vida do nerd, e o amor não é senão o mais extraordinário dos fenômenos humanos.

"Se tiver sido sortudo o suficiente para encontrar aquela pessoa especial, espero que ela se torne a Hermione de seu Rony, a Vampira de seu Gambit, a Pepper Potts de seu Tony Stark. Espero que ela tome sua mão e o faça atravessar a porta, a Ramona Flowers para o seu Scott Pilgrim." (p. 204)


junho 16, 2014

[Livros] O Beijo das Sombras - Richelle Mead (Academia de Vampiros #1)

Título Original: Vampire Academy
Autor: Richelle Mead
Editora: Nova Fronteira
Páginas: 320
Gênero: Romance, Ficção, Sobrenatural
País: EUA
ISBN: 9788520922552
Classificação★★★★★
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Me rendi à famosa série Academia de Vampiros. Por incentivo da Van Tourinho, minha amiga e blogueira, que gosta muito da série e recomendou. Já nesse primeiro volume, percebi que a Vanessa tinha razão: é um livro excelente e fiquei viciada em V.A.. E como comprei a coleção numa super, mega e divina oferta no Submarino, vou embarcar na leitura do restante da série, um por semana, para conseguir dar conta das minhas outras leituras.

A princípio eu tinha medo de que fosse aquele típico 'mais do mesmo' e que os livros não fossem mais do que contos de fada vampirescos e romantizados. Longe disso! A história trazida por Richelle Mead em 'O Beijo das Sombras' envolve muito mais do que romance, e você encontra um livro cheio de aventura, ação e suspense. O leitor é cativado e se torna dependente das páginas do livro, você - literalmente - não larga ele até o final, assim como um vampiro é dependente de sangue, eu fiquei dependente de páginas. (Tá, agora sem exageros, é muito bom mesmo!)

Conhecemos neste primeiro volume da saga, a princesa Lissa e sua guardiã Rose. Rose literalmente daria sua vida por sua protegida e mesmo ainda não sendo uma 'guardiã oficial', ela sabe que ninguém vai tirar seu lugar. É seu destino cuidar de Lissa e mantê-la a salvo. As duas possuem uma ligação forte, talvez até mais forte do que elas imaginam.

Lissa é uma Moroi, ou seja, um tipo específico de vampiros que não mata para se alimentar. Rose é uma dampira, uma espécie de meio-humana-meio-vampira. Existem também seres malignos chamados Strigoi, estes caçam os Moroi e matam sem piedade: humanos, dampiros, Moroi, tudo. O universo fantástico e, ao mesmo tempo real, de Academia de Vampiros é extremamente bem descrito pela autora, que soube desenvolver situações cotidianas de qualquer adolescente de uma forma sobrenatural, interessante e envolvente.

Em meio à vida difícil dos adolescentes, dilemas, paixões, segredos, magia e habilidades sobrenaturais, as duas confiam apenas uma na outra. Cada Moroi possui domínio sobre um elemento da natureza, o mais estranho é que a princesa ainda não descobriu qual é o seu. Lissa se sente diferente dos outros, afinal ela possui habilidades que ainda não controla muito bem, e por algum motivo seus estranhos poderes lhe atraem problemas.

Após um misterioso acidente, as duas amigas começaram a fugir. Elas se sentem perseguidas por onde quer que andem. Na tentativa de manter Lissa segura, Rose a ajuda a fugir da Escola São Vladimir, uma academia especial de treinamento para vampiros e dampiros. Por algum motivo na escola elas não parecem estar seguras. Mas quando elas são capturadas e mandadas de volta para lá, terão que enfrentar o que quer que as esteja perseguindo e solucionar todo esse mistério.

Richelle envolve na trama muitos personagens, alguns bem superficialmente, mas seus papéis, provavelmente devem ser melhor explicados nos próximos volumes. Por ser uma saga composta de seis livros e se tratar de uma escola de magia e bruxaria (vampiresca), comparações com a saga Harry Potter são inevitáveis. Uma temática bem jovem e linguagem informal são características da narrativa e com certeza, são parte do sucesso da série. Mas se engana quem acha que esse livro foi escrito apenas para as menininhas de treze anos que gritam quando o lobo de Crepúsculo tira a camisa. Esse livro atende às expectativas de qualquer público. Mesmo os mais exigentes tipos de leitores podem perceber que há criatividade e potencial nas palavras de Mead.

O que gostei bastante foi que a autora não deixou pontas soltas nesse primeiro livro, e portanto, o leitor não é obrigado a ler suas continuações. Uma trama bem amarrada e com final surpreendente conquista os leitores e deixa o desejo de ler os próximos livros urgentemente. Espero ainda mais ação e romance nos próximos livros. Richelle Mead conseguiu mais uma fã. Vampiros, meio-humanos, animais sobrenaturais, magia e muito mistério fazem desse um livro incrível.

"- Eu a protegi. Ela ainda está viva, não está?
Ele veio andando em minha direção e se inclinou para perto do meu rosto.
- Porque você teve sorte.
- Os Strigoi não estão escondidos em todas as esquinas lá fora - eu atirei de volta. - Não é como nos ensinam aqui. É mais seguro do que vocês fazem parecer.
= Seguro? Seguro? Nós estamos em meio a uma guerra contra os Strigoi!" (p. 35)

Sinopse: Lissa Dragomir é uma adolescente especial, por várias razões: ela é a princesa de uma família real muito importante na sociedade de vampiros conhecidos como Moroi. Por causa desse status, Lissa atrai a amizade dos alunos Moroi mais populares na escola em que estuda, a São Vladimir. Sua melhor amiga, no entanto, não carrega consigo o mesmo prestígio: meio vampira, meio humana, Rose Hathaway é uma Dampira cuja missão é se tornar uma guardiã e proteger Lissa dos Strigoi - os poderosos vampiros que se corromperam e precisam do sangue Moroi para manter sua imortalidade. 

Pressentindo que algo muito ruim vai acontecer com Lissa se continuarem na São Vladimir, Rose decide que elas devem fugir dali e viver escondidas entre os humanos. O risco de um ataque dos Strigoi é maior, mas elas passam dois anos assim, aparentemente a salvo, até finalmente serem capturadas e trazidas de volta pelos guardiões da escola.

Mas isso é só o começo. Em O Beijo das Sombras, Lissa e Rose retomam não apenas a rotina de estudos na São Vladimir como também o convívio com a fútil hierarquia estudantil, dividida entre aqueles que pertencem e os que não pertencem às famílias reais de vampiros. São obrigadas a relembrar as causas de sua fuga e a enfrentar suas temíveis consequências. E, quem sabe, poderão encontrar um par romântico aqui e outro ali. Mais importante, Rose descobre por que Lissa é assim tão especial: que poderes se escondem por trás de seu doce e inocente olhar?

Richelle Mead dá uma nova face à literatura vampiresca com este romance: mais ácida, apimentada e inteligente do que nunca, a saga dos Moroi e seus guardiões surpreende pelas reviravoltas e pela ousadia desses cativantes personagens.

"Eu não queria confessar isso para ninguém - nem para Lissa nem para mim mesma -, mas havia alguns dias em que eu passava o tempo todo à espera daqueles sorrisos. Eles iluminavam o rosto dele. Lindo já nem era mais a palavra para defini-lo." (p. 135)


junho 10, 2014

[Livros] Vinte Garotos no Verão - Sarah Ockler

Título Original: Twenty Boys Summer
Autor: Sarah Ockler
Editora: Novo Conceito
Páginas: 288
Gênero: Romance, Ficção
País: EUA
ISBN: 9788581633657
Classificação★★★★☆
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Vinte Garotos no Verão é sobre perdas, superação e amor. Sarah Ockler escreve para jovens adultos e traz nesse livro uma bonita história que nos ensina a seguir em frente e continuar vivendo depois que algo ou alguém precioso é tirado de nós. Com bonitas lições de vida, sem ser piegas, 'Vinte Garotos' não tem a missão de curar o luto, mas sim, de nos fazer entendê-lo e conviver com a falta que sentimos de quem se foi.

Muitos trechos bonitos e cheios de simbologias podem ser encontrados nas páginas desse livro, inclusive, a capa, que traz por si só, um resumo da narrativa. Os vidros do mar azuis, mostram que muitas pessoas marcam nossa vida. E o raro e especial vidro do mar vermelho, mostra como uma pessoa pode ser única e marcar nossa vida para sempre. Além de que cada vidro do mar era apenas um grão de areia que viajou milhares de anos e se transformou em algo bonito. É assim com nossos sentimentos.

A única coisa que não me agradou na versão da Editora Novo Conceito foi a tradução do título, o original 'Twenty Boys Summer' trazia maior foco para 'O Verão dos Vinte Garotos' (algo muito significativo na trama), diferentemente de 'Vinte Garotos no Verão' que remete o leitor a um livro com maior apelo sexual. Uma pequena alteração que fez toda a diferença no significado do título. Mas fora isso, tudo lindo como sempre. A diagramação incrível da NC e a narrativa naturalmente fluída de Sarah trouxeram uma história digna de derramar lágrimas e confortar corações.

Anna sempre foi apaixonada por Matt. Ele é irmão de sua melhor amiga Frankie e os três são inseparáveis desde pequenos. A paixão de Anna por Matt é segredo até seu aniversário de 15 anos, quando ele a beija e tudo muda. O sentimento, antes não correspondido e secreto de Anna se transforma em um primeiro amor de verdade. Continua a ser um segredo, mas agora dos dois. Desejando contar para a irmã num momento oportuno, Matt pedc à Anna que espere mais alguns dias. Dias que ele não imaginava não ter.

Pouco tempo depois, Matt morre num trágico acidente de carro. Anna e Frankie ficam devastadas. Com sua morte, tudo foi embora - a esperança do que poderia ter sido, os sonhos e as lembranças da infância. Anna sofre, mais do que com a perda do amigo, com a perda do seu primeiro amor. Mantendo a promessa que fez ao garoto, ela decide que esse amor de verão vai morrer com ela e o que um dia eles viveram não será mais do que uma lembrança rara e especial, como o vidro vermelho do mar, que Matt tanto adorava.

Frankie e Anna curam uma à outra e a amizade das duas é invejável. Ter alguém em quem se apoiar quando seu mundo desaba é algo muito importante. No primeiro verão sem Matt, as duas terão que enfrentar dolorosas lembranças, sentimentos confusos e o desespero de uma família fragmentada pela perda do filho mais velho. Frankie é uma personagem incrível, bem construída e o fruto da dor que a menina sente é ter se transformado em outra pessoa. Rebelde, ousada e desobediente, ela saiu de seu caminho desde a morte do irmão e vai precisar da ajuda da melhor amiga para voltar ao que era.

O Verão dos Vinte Garotos é a primeira oportunidade das duas se libertarem das lembranças de Matt. Numa aposta inconsequente - sugerida por Frankie - de conhecer vinte garotos nas férias de verão, as meninas vão descobrir que a vida pode continuar e que a vida é feita de momentos especiais e raros que devem ser aproveitados e guardados. Afinal, um dia tudo o que teremos serão lembranças. Devemos apenas nos certificar de que serão boas.

"Matt - o Matt, filho de Red e Jayne, irmão de Frankie, o meu Matt - morrera de um ataque cardíaco. 
A partir desse dia tudo o que mais importava em minha existência só... deixou de importar. Eu estava imersa de novo sob as águas, vendo as coisas em câmera lenta, sem som nem contexto, sem sentir, sem me importar. O mundo poderia ter acabado que eu não teria notado. 
De certo modo, ele acabara mesmo." (p. 22)

Sinopse: Quando alguém que você ama morre, as pessoas perguntam como você está, mas não querem saber de verdade. Elas buscam a afirmação de que você está bem, de que vocêaprecia a preocupação delas, de que a vida continua. Em segredo, elas se perguntam quando a obrigação de perguntar terminará (depois de três meses, por sinal. Escrito ou não escrito, é esse o tempo que as pessoas levam para esquecer algo que você jamais esquecerá). As pessoas não querem saber que você jamais comerá bolo de aniversário de novo porque não quer apagar o sabor mágico de cobertura nos lábios beijados por ele. Que você acorda todos os dias se perguntando por que você está viva e ele não. Que na primeira tarde de suas férias de verdade você se senta diante do mar, o rosto quente sob o sol, desejando que ele lhe dê um sinal de que está tudo bem.

"Reproduzi os eventos daquele dia centenas de vezes, procurando dicas.
Um fim alternativo. Um efeito borboleta.
Se Frankie e eu não tivéssemos tomado sorvete naquele dia estúpido,
ele ainda estaria vivo.
Se eu não tivesse atiçado seu coração, beijando-o todas as noites desde meu aniversário, ele ainda estaria vivo.
Se eu não tivesse nascido, ele ainda estaria vivo.
Se tivesse encontrado a borboleta que bateu as asas antes de entrarmos no carro naquele dia, eu a esmagaria." (p. 90)


[ACEDE #1] Trilha Sonora de A Culpa é das Estrelas


Essa é uma semana dedicada aos fãs de A Culpa é das Estrelas. Na semana de estreia do filme aqui no Brasil, vou postar algumas curiosidades sobre o filme e o livro. Se você ainda não leu, por favor corra até a livraria mais próxima e depois volte a ler esse post. Se ainda não viu o filme, compre lenços de papel e vá até o cinema. O primeiro post traz para vocês a trilha sonora do filme, com alguns trechos das letras e alguns vídeos. Selecionei as músicas que eu mais gostei e que mais me emocionaram. Encontrei na trilha duas bandas de que sou muito fã: Kodaline e M83. Aí, claro, desabei a chorar mais ainda. Com vocês ... a música das estrelas!


{M83}Wait: "Não há fim, não há adeus ... Desaparecer, com a noite. Sem tempo"



{Kodaline}All I Want: "Porque se pudesse ver seu rosto mais uma vez, poderia morrer um homem feliz, tenho certeza. Quando você disse seu último adeus, morri um pouquinho por dentro. Me deito chorando na cama a noite toda... Sozinho, sem você ao meu lado. Mas se você me amava porque você me deixou?"



{Birdy}Not About Angels: "Quão injusto é o nosso acaso? Encontramos algo tão verdadeiro que está fora de alcance. Mas se você encontrasse nesse vasto mundo, você teria coragem de deixá-lo ir?"



{Ed Sheeran}All Of The Stars: "E pelas ruas, eu soube... Tudo me levava de volta à você. Você pode ver as estrelas de Amsterdã. Você é a canção para a qual o meu coração bate. Então abra os olhos e veja como os nossos horizontes se encontram. E todas as luzes vão me guiar pela noite. E sei que essas estrelas irão sangrar, mas os nossos corações sangram. Todas essas estrelas vão nos guiar para casa."


A trilha sonora original completa do filme:
  • All of the Stars – Ed Sheeran
  • Simple as This – Jake Bugg
  • Let Me In – Grouplove
  • Best Shot – Birdy & Jaymes Young
  • All I Want – Kodaline
  • Long Way Down – Tom Odell
  • Boom Clap – Charli XCX
  • While I’m Alive – STRFKR
  • Oblivion – Indians
  • Strange Things Will Happen’ – The Radio Dept.
  • Bomfallarella – Afasi & Filthy
  • Without Words – Ray LaMontagne
  • Not About Angels – Birdy
  • No One Ever Loved – Lykke Li
  • Wait – M83
  • Tee Shirt – Birdy (Bonus Track)
Fonte:Soundcloud

junho 07, 2014

[Fotos] Casal de Velhinhos Tira uma Foto por Estação (1973)

Já fazia um tempinho que eu não trazia mais fotos lindas e românticas encontradas no mundo virtual, então resolvi mostrar pra vocês esse conjunto de imagens tiradas por um casal de velhinhos na frente de sua casa. O que começou como uma tentativa de mostrar o progresso do jardim, acabou resultando numa linda mensagem de amor. Vejam e se emocionem *-*' 












Segundo fontes, essas fotos foram publicadas originalmente no The Sunday Times, em 1973, e foram tiradas por um fotógrafo chamado Ken Griffiths, o casal possivelmente eram seus pais. A última foto é comovente, não? *-*'

Fonte:Hypeness

junho 01, 2014

[Livros] Belleville - Felipe Colbert

Título Original: Belleville
Autor: Felipe Colbert
Editora: Novo Conceito
Páginas: 304
Gênero: Romance, Ficção
País: Brasil
ISBN: 9788581634111
Classificação★★★★★
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Belleville de Felipe Colbert definitivamente entrou para a minha lista de melhores leituras. O livro incrivelmente bem escrito, traz uma trama complexa e bem amarrada que mistura passado e presente, causa e consequência e nos mostra o poder que os sonhos têm. A capa maravilhosa da Editora Novo Conceito ilustra magnificamente a história e dá asas à imaginação do leitor.

Quem acompanha o blog sabe que livros com essa temática (viagem no tempo), de cara me encantam, mas me surpreendi com a narrativa de Colbert como há muito não era surpreendida. A barreira que separa os amantes, além de física e matematicamente impossível é extensa, afinal cinquenta anos não são cinquenta segundos. A riqueza de detalhes e a descrição minuciosa de Belleville fizeram minha imaginação correr solta e por diversas vezes fechei os olhos e entrei na história.

Anabelle vive em 1964, orfã de pai e mãe, e sem ninguém mais no mundo, ela se vê obrigada a lutar por sua sobrevivência. Com recursos escassos, nenhuma instrução e muita inocência, Anabelle vai perceber que a vida é bem mais complicada do que ela pensava ser. Com seu fofo e apaixonante gatinho Tião, a menina de dezessete anos passa a ter que roubar para comer, sem oportunidade alguma e completamente perdida, ela aprende que o mundo está repleto de pessoas ruins que só querem tirar vantagem dela.

Tudo o que a garota possui é a mansão da família e um sonho: uma montanha-russa, chamada Belleville, que está incompleta. Ela foi projetada para Anabelle, mas com a morte do pai nunca viria a ser concluída. Desesperada para terminar o que seu pai se empenhou tanto para construir, ela escreve uma carta e a enterra perto da base de Belleville, pedindo que alguém ajude a realizar esse sonho e terminar o brinquedo.

Enquanto isso, ou melhor, depois disso, já no ano de 2014, o jovem Lucius vai para Campos do Jordão em busca de um sonho, estudar matemática. Com poucos recursos, o garoto procura algum lugar modesto para morar enquanto cursa a faculdade, é quando ele se depara com uma mansão bem deteriorada, mas por incrível que pareça, um preço bem acessível. A mansão que foi habitada por Anabelle cinquenta anos atrás já não é a mesma, mas algo permanece intacto: Belleville.

Nos fundos da mansão, Lucius encontra o que parece ser o início de uma grande montanha-russa caseira. Algumas estacas de madeira, plantas do projeto e anotações antigas confirmam suas suspeitas e a curiosidade o leva a explorar o local. Sem querer, ou por obra do destino, ele encontra a fotografia de uma jovem e uma caixa contendo a carta de Anabelle.

Comovido com a carta da menina e encantado com a beleza da foto, Lucius decide escrever uma carta para o próximo morador da mansão, reforçando o desejo da jovem e pedindo para que o sonho do pai dela seja concluído. O que o estudante de matemática não espera é que sua carta-resposta viaje no tempo e seja encontrada por Anabelle. Nem toda a matemática do mundo explica o que Belleville tem de tão mágico, os dois jovens começam a se corresponder e dão início a uma paixão arrebatadora. O problema é que o tempo não será o único empecilho para esse relacionamento.

É difícil resenhar um livro que gostamos e por isso, vou encerrar essa resenha por aqui deixando vocês com vontade de saber mais. Nem todas as palavras do mundo poderiam traduzir o que senti ao ler Belleville, uma história fabulosa e incrível, que prova que o amor pode resistir ao tempo, a distância e a qualquer obstáculo. Felipe Colbert merece uma salva de palmas e os leitores podem esperar muitos altos e baixos e muita emoção, assim como numa montanha-russa. Feche os olhos, sonhe e acredite, para o amor tudo é possível.

"Tinha algo a ver com pensar que a Via Láctea é pequena demais para acharmos que estamos tão longe assim um do outro, e que uma simples reta imaginária me ligava a ela, não importava onde ela estivesse. O mesmo sentimento que eu começava a ter em relação a Anabelle." (p.113)

Sinopse: Se pudesse, Lucius aterrissaria em 1964 para ajudar Anabelle a realizar o grande sonho do seu falecido pai! De quebra, ajudaria a moça a enfrentar alguns problemas muito difíceis, entre eles resistir à violência do seu tio Lino. Claro que conhecer de perto os lindos olhos verdes que ele viu no retrato não seria nenhum sacrifício... Sem conseguir explicar o que está acontecendo, Lucius inicia uma intensa troca de correspondência com a antiga moradora da casa para onde se mudou. Uma relação que começa com desconfiança, passa pelo carinho e evolui para uma irresistível paixão – e para um pedido de socorro.

"É bem provável que em algum momento essas cartas parem de atravessar as décadas que nos separam, porque milagres não são eternos. Tenho medo de que com o tempo, tudo se torne uma lembrança estranha, algo afastado de minha mente. Não sei como serão os próximos cinquenta anos que terei que enfrentar sem você. Espero que um dia voltemos a nos encontrar, seja nesta realidade ou em outra. E, se acontecer, que os deuses sejam generosos e permitam que eu a toque." (p.233)


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