maio 23, 2016

[Livros] A Coroa - Kiera Cass (A Seleção #5)

Título Original: The Crown 
Autor: Kiera Cass
Editora: Seguinte
Páginas: 310
Gênero: Ficção, Distopia
País: EUA
ISBN: 9788555340048
Classificação: ★

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A Coroa, o tão esperado desfecho da saga A Seleção, foi um paradoxo - surpreendentemente previsível. Se por um lado, todos torcíamos por um ganhador, estávamos também apreensivos pela escolha da mimada Eadlyn Schreave. Sua imaturidade, no entanto, deu lugar a um altruísmo nunca antes visto e se sua escolha não me agradou - assim como a de America também não -, suas atitudes me deixaram orgulhosa da rainha que a jovem se tornou.

Com um ritmo mais lento que o dos livros da trilogia - da trilogia mesmo - A Seleção, a narrativa de Kiera Cass perdeu um pouco seu brilho. O conto de fadas distópico da autora ainda fascina e encanta, mas não tanto quanto encantou no passado. Talvez por causa da sua protagonista, talvez por não ter muita ação ou até mesmo por não tratar de um amor como o de Maxon e America.

Eadlyn de fato evoluiu no último volume da saga e, como eu disse anteriormente, tomou atitudes dignas de seu poder colocando seu povo à frente de seus desejos. No entanto, toda a beleza da Seleção foi apagada, poucos encontros, pouco sentimento e, principalmente, pouca relevância fizeram com que os "selecionados" fossem meros coadjuvantes na história. Até mesmo o que veio a ser escolhido.

A jovem princesa, que agora assume o papel de rainha de Illéa, realmente não estava pronta para o casamento assim como não estava pronta para o trono. As circunstâncias fizeram com que ela tivesse que se adaptar e crescer antes do tempo. Suas recém adquiridas responsabilidades e as inseguranças sociais crescentes de seu povo foram acentuadas e com isso, o desfecho da série foi, assim como em A Escolha, bastante político.

Em meio à crise política que afeta o país, à seleção de um marido em rede nacional, os problemas de saúde de sua mãe, o abandono do irmão gêmeo que fugiu para outro país e suas próprias crises emocionais, Eadlyn tenta não desmoronar. Pelo contrário, a pressão que envolve sua subida ao trono parece impulsioná-la e se antes a princesinha mimada parecia perdida, agora ela demonstra força, determinação e bom senso.

Tentando decidir qual dos garotos mexe mais com ela, a jovem Schreave os diminui à elite e os últimos selecionados acabam sendo os favoritos do público (e dos leitores). É notável que nenhum deles balança o coração dela como America fez com Maxon, e por isso, a decisão é tão difícil. Mais do que indecisa - como sua mãe - Eadlyn simplesmente não quer magoá-los. Analisando a situação por todos os ângulos e levando em conta o coração não só de cada um deles, mas também o seu, ela então toma sua decisão.

Uma boa escolha, a Seleção de Eadlyn é até certo ponto previsível e para muitos - inclusive para mim - decepcionante. O escolhido, no entanto, provou até o último instante ser digno da coroa e também do coração da jovem, mostrando que o amor nem sempre está onde imaginamos encontrá-lo. 

"- Talvez os beijos especiais não sejam os primeiros. Talvez sejam os últimos." (p. 182)

Sinopse: Em A Herdeira, o universo de a Seleção entrou numa nova era. Vinte anos se passaram desde que America Singer e o príncipe Maxon se apaixonaram, e a filha do casal é a primeira princesa a passar por sua própria seleção. 

Eadlyn não acreditava que encontraria um companheiro entre os trinta e cinco pretendentes do concurso, muito menos o amor verdadeiro. Mas às vezes o coração prega peças… e agora Eadlyn precisa fazer uma escolha muito mais difícil - e importante - do que esperava. 

America Singer e o Príncipe Maxon se apaixonaram, e a filha do casal é a primeira princesa a passar por sua própria seleção. Eadlyn não acreditava que encontraria um companheiro entre os trinta e cinco pretendentes do concurso, muito menos o amor verdadeiro. Mas às vezes o coração prega peças… e agora Eadlyn precisa fazer uma escolha muito mais difícil - e importante - do que esperava.

"- Não há vergonha em amar a quem se ama, e há muita honra em fazer o que é certo. Pena que essas duas coisas não coincidem para nós. Mas isso não diminui a importância deste momento para mim.
- Nem para mim." (p. 222)

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